quarta-feira, novembro 17, 2004

Portugal brilha mas perde com Brasil (4-2) no último teste


Este foi um daqueles jogos que deveriam servir de cartão de visita para a promoção do Futsal.
Mesmo de carácter particular, a partida que opôs, hoje, Portugal e Brasil teve todos os ingredientes necessários a um grande encontro: bom Futsal, incerteza no marcador, entrega dos atletas e um Pavilhão cheio.
Se Orlando Duarte e Fernando Ferretti pretendiam retirar ilações válidas sobre o momento que as suas equipas atravessam, com vista à fase final do Campeonato do Mundo da modalidade, devem ter dado por bem empregue este último teste. É que lusos e brasileiros parecem estar no bom caminho.
Para o conjunto português o jogo até nem começou bem. Os pupilos de Orlando Duarte acusaram algum nervosismo e ansiedade e, durante os primeiros minutos, não conseguiram explanar o seu Futsal, sofrendo uma intensa pressão ‘canarinha’.
Passada a ‘ tremideira ’ inicial, e já em desvantagem no marcador - através de um golo apontado por Falcão, aos 4 minutos -, a Equipa das Quinas serenou e passou a jogar de igual para igual com a formação brasileira. O jogo entrou numa fase onde os lances de perigo se sucederam nas duas balizas, com Lavoisier e João Benedito a mostrarem as suas credenciais.
Foi nesta toada que as equipas recolheram aos balneários, ficando a sensação de que a nossa Selecção poderia rectificar o resultado nos segundos 20 minutos.
A etapa complementar foi a antítese dos minutos iniciais do encontro. Portugal entrou ‘com tudo’, pressionante e a encostar o Brasil ao seu último reduto. Como consequência desse ascendente, aos 24 minutos, a formação lusa chegou ao merecido tento do empate, numa jogada em que o remate de Gonçalo ainda bate num defesa adversário, enganando Lavoisier, que nada poderia fazer.
Com este golo, o Brasil voltou a acordar e o equilíbrio regressou à partida. Ao segundo golo de Falcão - um disparo forte fora da área (27’) -, respondeu Portugal, no mesmo minuto, no melhor lance do encontro. Uma jogada iniciada e concluída por André, onde intervieram também Ivan e Joel Queirós.
Até que a seis minutos do apito final, Falcão (34’) recolocou os ‘canarinhos’ na liderança e Manoel Tobias (35’) fixou o resultado final. Portugal tudo fez nos últimos instantes para chegar, pelo menos, à diferença mínima, mas a defesa porfiada dos brasileiros e alguma falta de pontaria não permitiram a aproximação no marcador.
O Brasil conquistou o troféu em disputa, num jogo que marcou a inauguração oficial do magnífico Pavilhão Polidesportivo Tap Seac, em Macau.

FICHA DO JOGO
Pavilhão Polidesportivo Tap Seac, em Macau
Árbitro: Kalam Badrul Hisham (Malásia)
Segundo árbitro: Nanthanimit Thinnawat (Tailândia)
Terceiro árbitro: Fong Yau Fat (Hong Kong)
Cronometrista: Wang Jin Dong (China)

Brasil: Lavoisier, Pablo, Euler, Simi e Falcão. Jogaram ainda: Schumacher, Neto, Manoel Tobias, Vinícius, Ìndio, Vander Carioca. Não utilizados: Franklin, Ângelo e Fininho.
Treinador: Fernado Ferreti
Golos: Falcão (4’, 27’, 34’) e Manoel Tobias


PORTUGAL: João Benedito, Ivan, Gonçalo, Majó e André. Jogaram ainda: Luís Silva, Leo, Marcelinho, Joel Queirós, Formiga, Israel e Zézito. Não utilizados: Sandro Barradas e Sílvio
Treinador: Orlando Duarte
Golos: Gonçalo (24’) e André (27’)

Foto e textos: FPF

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