segunda-feira, novembro 22, 2004

Declarações dos protagonistas



Orlando Duarte: “Vitória inteiramente justa”
O Seleccionador Nacional de Futsal, Orlando Duarte, estava naturalmente muito satisfeito no final da partida que opôs Portugal ao Irão e que conferiu os primeiros três pontos à Equipa das Quinas no Mundial de Taiwan.
Elogiando o comportamento dos seus atletas, “que demonstraram uma grande entrega e espírito de sacrifício”, o responsável técnico luso classificou a vitória como “inteiramente justa”, numa partida em que a nossa Selecção realizou “uma excelente exibição”.
Para Orlando Duarte, parte do triunfo português começou a ser desenhado na forma como as equipas abordaram o encontro. Se por um lado o jogo português foi pautado pelo colectivismo em todas as acções, por outro, o individualismo iraniano ficou personificado na excessiva dependência dos asiáticos em Vahid Shamsaee, a principal figura do Futsal do Irão.
“Montámos uma estratégia para anular Shamsaee. Treinámos todos os seus movimentos em campo e não o deixámos jogar como ele gosta. Para uma equipa tão dependente de um jogador como o é o Irão em relação a Shamsaee, torna-se fatal”, explicou.
O treinador português, que falava em Conferência de Imprensa, escassos minutos após o final da partida, sublinhou ainda que a nossa Selecção preparou-se especificamente para esta partida, dada a importância de começar uma competição desta natureza com um bom resultado. “Não preparámos o jogo com a Argentina, nem com Cuba, porque queríamos estar cem por cento concentrados neste encontro com o Irão”, frisou.
Questionado sobre a partida da próxima quarta-feira, diante dos argentinos, Orlando Duarte referiu que prevê muitas dificuldades. “A Argentina é uma equipa extremamente sólida, que defende muito bem e que sai com grande perigo para contra-ataque”, começou por dizer.
“Vamos ter menos espaços para jogar, teremos de ser mais seguros na nossa posse de bola e vamos procurar ser um pouco mais cínicos, que é uma das principais armas dos sul-americanos”, concluiu.

Joel, Benedito e Zézito falam sobre a goleada ao Irão
Foram três dos jogadores em foco na tarde de hoje, em que Portugal goleou o Irão por 4-0. No final da partida, falaram ao ‘site’ da FPF sobre o primeiro jogo da nossa Selecção no Campeonato do Mundo de Futsal, que está a decorrer em Taiwan.


Joel Queirós
“Queríamos muito vencer esta partida, porque o jogo com o Irão era importantíssimo para a nossa continuidade no Campeonato do Mundo. Ganhámos e, por isso, estamos todos de parabéns. Agora, há que pensar que na quarta-feira temos já um novo encontro, com a Argentina.
Marquei um golo importante, mas fui apenas mais um jogador útil para a equipa, no sentido de a ajudar a ganhar o jogo. E isso, felizmente, foi conseguido”.

João Benedito
“Tivemos muita maturidade, ao contrário do que aconteceu na última grande competição em que participámos, o Europeu, onde entrámos muito atabalhoadamente. Não marcámos tão cedo quanto desejaríamos, mas quando nos colocámos em vantagem soubemos gerir o jogo e ainda conseguimos alcançar uma vitória importante de 4-0, o que num Torneio como este é sempre um resultado muito significativo.
No Futsal não é todos os dias que um guarda-redes se pode orgulhar de não sofrer golos. E aqui [Mundial] é tanto mais gratificante, quanto é uma prova onde estão reunidos os melhores executantes da modalidade. É sinal de que tivemos uma grande consistência defensiva. Se continuarmos a ter confiança uns nos outros, iremos conseguir fazer boas coisas neste Mundial.
[Sobre o duelo com Shamsaee]: Não temos que temer ninguém. É um jogador idêntico a tantos outros que estão aqui no Campeonato do Mundo e a nossa Selecção é superior a todas e quaisquer individualidades”.

Zézito
“O jogo correu de forma excelente. Estivemos quase perfeitos. O Irão é uma equipa complicada, tem jogadores que individualmente desequilibram muito, mas cumprimos à risca aquilo que nos foi pedido e conseguimos com muita entrega e muita luta que o resultado nos fosse tão favorável.
Quero ajudar a Selecção ao máximo, mas obviamente fiquei bastante satisfeito com o meu golo e com a exibição que produzi. Apesar de ser especial marcar numa competição como o Mundial, o mais importante é o resultado final da equipa”.

Texto e foto: Federação Portuguesa de Futebol

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