sábado, outubro 30, 2004

Treino de guarda-redes desvalorizado pela FPF

Em vésperas de partir para Macau, onde realiza um estágio de preparação para o Campeonato do Mundo de Taipé, a Selecção Nacional de futsal continua a não ter direito a um treinador de guarda-redes. Uma posição de campo que exige, nesta modalidade, uma preparação específica, uma vez que os guardiões são constantemente chamados a intervir.
João Benedito, um dos guarda-redes pré-convocados para a prova – a convocatória definitiva sai na terça-feira –, realça a gravidade da lacuna: “É descabido estar a preparar uma competição tão importante, num desporto em que em média há 40 a 50 remates por jogo – ao contrário do futebol em que acontecem 6 ou 7 –, haver uma situação destas. Vamos estar quatro semanas sem preparação específica. Só considera desnecessária a ida deste treinador quem não está dentro da modalidade.”
Para Jorge Braz, técnico de guarda-redes da selecção universitária e da FJ Antunes, é fundamental a existência de uma preparação mais cuidada: “Existe uma série de acções técnico-tácticas que necessitam de ser trabalhadas. Se este tipo de trabalho não acontece de forma regular, dificilmente podemos esperar qualidade. No caso da selecção, é muito tempo em estágio. Os atletas podem sair prejudicados.”

FPF justifica-se
O vice-presidente Carlos Silva apresentou, por seu turno, o ponto de vista da FPF: “Quando são convocados para a selecção, os guarda-redes são, à partida, os melhores do país e estão devidamente treinados. O treinador de guarda-redes não é necessário, mas também não está colocado de parte, pois é mais um valor. Tudo vai depender da constituição da comitiva.”

Notícia publicada no Record - 30 Outubro

Sem comentários: