É muito fácil pisar quem está no chão. Quando as coisas correm mal não há qualquer dificuldade em arranjar argumentos para criticar, o pior é quando se analisam as questões superficialmente.
A Selecção Nacional disputou a primeira fase do Europeu 2005 inserida num grupo muito forte, nada mais nada menos que com a actual bi-campeã do Mundo, a Espanha e a campeã Europeia e vice-campeã Mundial, a Itália; conjuntos de países que têm ligas profissionais, que nada têm a ver com o nosso campeonato.
Aquele jogo inaugural foi uma grande desilusão, não só pelo resultado mas sobretudo pela apatia demonstrada pelos jogadores. Contudo, penso que o terceiro lugar do grupo não é nada desonroso, já que temos de assumir que Espanha e Itália (que não tinha um único jogador nascido no país!!!!) ainda são superiores a nós.
Este Europeu tem de servir de chamada de atenção para diversos problemas a resolver no nosso futsal. Jogadores de selecções como a espanhola ou a transalpina estão habituados a ter jogos competitivos nos seus campeonatos, já os que jogam em Portugal têm 3 ou 4 nas provas nacionais, ao serviço da selecção ou nas competições Europeias. Depois há outras lacunas como a fraca aposta na formação, a inexistência de selecções intermédias, já que existe apenas a AA, entre outros aspectos.
É necessário repensar tudo o que abrange o futsal português, já que não podemos resumir esta participação no Europeu apenas à Selecção Nacional, àqueles 14 jogadores e aos dois treinadores. Há muitas coisas para além dos atletas que foram ou não convocados, das opções técnicas, etc.
Como disse André Lima, "criticar é fácil, apresentar soluções é que são poucos a fazer".
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