A fase regular da 1.ª Divisão terminou praticamente sem surpresas. A grande desilusão acabou por ser o SL Olivais, equipa que me habituei a ver nos lugares cimeiros.
Mais uma vez, ficou evidente o fosso existente entre as formações profissionais e as "semi" (recuso-me a considerar um conjunto da 1.ª Divisão como amador). Os 20 pontos que separam o 1.º do 8.º classificado são exemplo das grandes diferenças, que continuam a prejudicar o nosso futsal.
A aposta na formação é praticamente nula, apesar do número elevado de jovens que admiram a modalidade e pretendem praticá-la. A opção acaba por ser treinarem-se e jogarem por formações mais pequenas, de bairro, que continuam a dar ao futsal o seu devido valor.
O cada vez maior egoísmo existente no desporto nacional e a falta de humildade que já se vê em alguns clubes do nosso futsal, vão continuar a permitir que se percam grandes talentos e que continue a gastar-se dinheiro em atletas medianos vindos de outros países.
Muitas vezes dou por mim a perguntar-me: o que seria de Ricardinho, Côco, Cardinal e outros talentos nacionais se alguém não tivesse apostado neles? Muito possivelmente continuariam na sombra.
Para dar mais competitividade ao nosso futsal, a nível de clubes e da Selecção Nacional, há que começar a mudar mentalidades. O egoísmo impera, quando cada um continua a olhar só para o seu umbigo.
Ninguém sabe tudo mas poucos o reconhecem. A aposta nos jovens portugueses e uma melhor formação dos técnicos é urgente. A diferença de nível entre Selecção e cluves não pode ser assim tão grande.
Apostar no futuro é urgente, senão o umbigo de cada um vai acabar por matar o futsal português.
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