Muito se tem falado sobre a qualidade da arbitragem em Portugal, tanto no futsal como em outras modalidades. Ontem tive o privilégio (ou não) de constatar in loco que estamos mal...
Fui ver o jogo Piedense-SL Olivais, a contar para a Taça de Portugal, e assisti a uma arbitragem de má qualidade da dupla José Dâmaso (Coimbra)/Fernando Serras (Portalegre). Houve falhas imperdoáveis e decisões inaceitáveis para dois juizes que habitualmente pisam os grandes palcos.
Apesar dos erros, estaria a ser injusta se considerasse o trabalho péssimo, pois infelizmente já assisti a coisas muito, muito piores, essas sim que em nada dignificaram a modalidade, as quais é escusado relembrar.
Contudo, penso que é o timing certo para opinar sobre este tema.
Acabado o Mundial ficámos com a clara sensação de que temos dos melhores jogadores do Mundo. Mesmo assim, muitas foram as pessoas que atacaram a Selecção Nacional e o Seleccionador por não terem passado do 5º. lugar. Mas será que há direito a exigir muito mais quando a estrutura que temos no nosso país é esta?
O nosso futsal está em franca evolução, contudo a arbitragem não acompanha esse progresso. Admito que a culpa não seja dos senhores do apito, que me merecem todo o respeito, mas sim das entidades competentes. A formação nunca é demais.
Temos árbitros de excelente qualidade, mesmo de nível internacional (é inaceitável que não tenhamos tido um representante nacional em Taipé), como, para citar apenas dois casos, António Cardoso e Francisco Parrinha. Mas, tal como acontece com as equipas que disputam o Campeonato Nacional, há uma diferença abismal entre os 4 ou 5 bons e os restantes.
Antes de pensarmos numa liga profissional temos de pensar numa estrutura profissional, o que passa também pela arbitragem. Vale a pena pensar nisto...
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