segunda-feira, agosto 16, 2004

Doping no futsal português?

Muito se tem falado de doping...
Em vésperas dos Jogos Olímpicos um atleta foi afastado por terem sido detectadas substâncias proibidas. No desporto português também têm surgido alguns casos, lembro-me por exemplo do de Rui Jorge, que devido à utilização de um medicamento para a sinusite esteve em riscos de ficar afastado do Euro'2004.
Hoje foi conhecido um caso no futsal português, na Fundação Jorge Antunes. O capitão Carlos Leite e o jovem André acusaram positivo no controlo anti-doping realizado após o jogo com o Mocidade d'Arrábida, a 28 de Maio - curiosamente um encontro no qual o "veterano"fixo, de 34 anos (14 dos quais ao serviço do emblema de Vizela) jogou apenas 2 minutos e o guarda-redes, ainda júnior, nem entrou em campo.
Não tenho feitio de advogada do diabo, mas também não sou capaz de atirar uma pedra a alguém, ainda mais sem saber se são ou não culpados. Neste caso específico, recuso-me a afirmar que o Carlos e o André estavam dopados, pois estar dopado é um acto intencional e não tenho provas de que estes atletas tenham tomado qualquer substância para melhorar o seu rendimento.
Penso que o caso é muito mais complicado do que possa parecer... Tomar um café a mais ou utilizar um simples xarope para a tosse pode acusar positivo no controlo, o que é verdadeiramente assustador. Acredito, por isso, que devemos ponderar muito bem ao tratar casos destes, onde os atletas ou os clubes envolvidos são quase que olhados como criminosos, quando, afinal podem ser as maiores vítimas.
Há que ponderar bem, pois uma vírgula pode fazer toda a diferença. Estamos a falar de homens, não de máquinas...

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