A temporada 2009/10 terminou com uma vitória justa do Sporting. Os leões foram sem medo a casa do Benfica e venceram as duas partidas que valeram o título em terreno hostil.
O triunfo foi um prémio sobretudo para o técnico Paulo Fernandes, que revelou um profissionalismo fora de série, ao conduzir a equipa rumo à glória mesmo depois de saber que ia deixar de orientar os leões.
O treinador deu um verdadeiro exemplo de humildade e, ao invés de mostrar orgulho ferido, deixou bem claro que tinha um contrato para cumprir e que as obrigações profissionais estavam acima de qualquer situação emocional.
Parabéns para o treinador e também para o homem, bem como para todos os homens com quem trabalhou esta temporada e que com ele partilham o feito.
No outro lado da barricada esteve um técnico que tentou desculpar-se com a arbitragem. Pode ter alguma razão, é certo, mas não tem toda. Não pode, de todo, culpar apenas e só os senhores do apito por ter estado duas vezes com uma vantagem de dois golos e ter perdido...
Mas nem tudo foi colorido neste final de época.
Os últimos dias da temporada 2009/10 ficaram marcados por uma confusão numa das meias-finais da Taça Nacional de Juniores, entre Sporting e Freixieiro. O jogo da segunda mão foi interrompido (os leões tinham ganho o primeiro duelo e estavam a ganhar o segundo) e a FPF decidiu-se pelo mais simples: decretar a não atribuição do título de campeão.
Esta decisão parece-me demasiado penalizadora, sobretudo para o São João, clube que chegou à final com todo o mérito e que viu ser-lhe retirada a possibilidade de disputar o título. Sporting e Freixieiro também não saíram beneficiados.
Recordo-me o que aconteceu no ano passado no Campeonato Nacional de Juniores, em futebol, em que esta solução não foi tomada.
Porquê dois pesos e duas medidas?
Publicada em Record Online
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