UEFA Cup - balanço final

As expectativas em torno da passagem do Benfica às meias-finais da UEFA Futsal Cup eram legitimas, mas acabaram por gorar-se após dois empates inesperados, com o Kairat Almaty e o Cristal Noir Morlanwelz.
A "falta de sorte" é quase sempre a justificação mais fácil para quando as coisas correm menos bem, mas nestas coisas há que ser pragmático e analisar mesmo o que falhou. A sorte pode não ter estado ao lado dos campeões nacionais, mas a falta de "estrelinha" não pode ser a razão para desculpar alguns erros cometidos, sobretudo defensivamente, como o próprio treinador Adil Amarante assumiu.
Ainda assim, não foi esta a maior pecha. A finalização tem obrigatoriamente de ser afinada. O caso mais flagrante foi no último jogo, em que os encarnados não souberam aproveitar o facto de defrontarem um Boomerang a meio gás e sem nada a perder para fazerem um resultado histórico.
Estes erros defensivos e as falhas na finalização foram agudizadas por um outro ingrediente: a renovação da equipa. O Benfica iniciou a temporada com uma formação diferente daquela que conquistou o título nacional e a Taça de Portugal. Em Dezembro sofreu duas baixas de peso, Miguel Almeida e Zé Maria (assumo que me lembrei diversas vezes deste último durante o Benfica-Kairat Almaty, fez muita falta a este Benfica...) e as entradas, apesar de serem de qualidade, ainda não tiveram tempo de adaptar-se, já parfa não falar dos reforços que não puderam ser utilizados devido a questões burocráticas. Acrescente-se ainda, que a maioria dos reforços não estão habituados à pressão deste tipo de provas internacionais, pois participar numa UEFA Cup ou numa competição pela Selecção Nacional nada tem a ver com o campeonato nacional.
De salientar ainda o facto de, mais uma vez, a experiência ter feito a diferença. Apesar dos 34 anos André Lima demonstrou, como disse Luis Amado, que é o verdadeiro motor do Benfica. Em destaque ainda estiveram Ricardinho, Pica Pau e o regressado Zé Carlos, que voltou a estar em destaque em alguns momentos.